terça-feira, agosto 10, 2010

Crítica dos Filmes 'A Última Música', 'Tekken' e 'Diário de um Banana'

'A Última Música': Mais uma história dramática do escritor talentoso para o gênero Nicholas Sparks, consegue ser cansativo e o menos 'cativante' que ele criou (quem se lembra do belo 'Diário de uma Paixão'?). Talvez o motivo para ser tão cansativo seja justamente pelo erro de darem o papel da protagonista, os olhos do expectador, para a jovem Miley Cyrus, que tenta sem sucesso se desvincular dos laços criados com a Disney através de seu papel Hannah Montana, que lhe rendeu um sucesso inesperado. A personagem da Miley é a típica adolescente revoltada com tudo e todos, um papel chato, que é ainda pior por ser carregado por uma atriz sem experiência. Liam Hemsworth (sem expressão) e Miley Cyrus podem até serem namorados na vida real, mas não conseguem transportar para o expectador nenhuma química em cena. Porém nem tudo no longa está perdido, a surpresa Bobby Coleman consegue se sair melhor que a protagonista como seu irmão, não só em cenas onde sua atuação é menos exigida, mas também quando são precisas. O filme marca outro ponto por ter em cena o experiente Greg Kinnear, que com seu talento ajuda o expectador a digerir mais outro dramalhão do escritor. Se fossem outros atores e um roteiro melhor, o filme poderia ser menos chato. (4.5)

'Tekken': Apesar de não possuir necessariamente uma história, o filme surpreende. Baseado na franquia de games de nome homônimo, 'Tekken' apresenta lutas que aparentam ser bastante reais e, apesar de ser um filme que chega aqui somente em DVD, consegue garantir a diversão, ao contrário das adaptações 'Dragon Ball Evolution' e 'Street Fighter: A Lenda de Chun-Li', incluindo seus protagonistas. (8.0)

'Diário de um Banana': Com um roteiro leve e atuações bastantes irregulares, a adaptação do livro 'Diário de um Banana' não possui nenhum carisma que têm o livro. Completamente sem graça. Contudo devo destacar a presença da Chloe Moretz, que com suas pequenas participações consegue dar um 'up' no filme toda vez em que aparece em cena. O curioso é que no livro seu personagem não existe e de longe no filme é o melhor. Infelizmente um erro desta jovem talentosa atriz. Sua continuação já está confirmada, mas as expectativas para um bom filme são poucas. Uma pena. (5.5)

sábado, agosto 07, 2010

Crítica do Filme 'Kick-Ass: Quebrando Tudo'

O universo dos quadrinhos (ou dos nerds) está a cada dia muito bem representado, ganhando adaptações surpreendentes. Em época de filmes como 'Star Trek', 'Cavaleiro das Trevas' e uma nova franquia para o 'Homem-Aranha', 'Kick-Ass: Quebrando Tudo' acaba se tornando uma referência para o gênero e porque não, para outros filmes.

O adolescente normal chamado Dave Lizewski, que decide se tornar um super-herói, sendo influenciado pelas histórias em quadrinhos. Se torna um grande influente na mídia, se auto-denominando 'Kick-ass' (Aaron Johnson), cria uma nova onda de super heróis no país, na qual inclui Red Mist (Christopher Mintz-Plasse), que torna-se seu parceiro de combate ao crime. São então interferidos pelo misterioso Big Daddy (Nicolas Cage) e sua filha Hit-Girl (Chloë Moretz), que vivem um eletrizante dia-a-dia de matar mafiosos, e estes unem suas forças para salvar a cidade e sua própria pele.

O filme é excelente, é tudo aquilo mostrado nos videos chocantes na Comic Con, com uma ótima direção de Matthew Vaughn, ficando claro alguns traços de Tarantino no filme e se tornando inclusive melhor que a HQ. Podemos tirar elogios em relação a atução para todos os lados.

O novato Aaron Johnson possui um porte físico ideal para viver um adolescente nerd viciado em quadrinhos, carismático, consegue cativar facilmente o público. Chris Mintz-Plasse - o McLovin de 'Superbad'- está muito bem no filme, podendo se tornar um dos novos e maiores vilões a ser odiado e amado pelo público. Nicolas Cages está engraçadíssimo como Big Daddy, fazendo uma caracterização perfeita do Adam West neste papel complexo em que ao mesmo tempo é um herói e um pai. Definitivamente a que merece mais destaque é a jovem Chloë Moretz. A pequena tem uma atuação extraordinária, sua personagem Hit Girl chega a ser também muito complexa, mas diga-se de passagem, uma das mais inteligentes já feita, podemos notar que apesar da violência que sua personagem utiliza pode-se constatar que ela representa também uma prova de amor a sua família e, em todas as cenas dela com Nic Cages, apesar de ser fã dele, confesso que a Moretz lhe rouba todas.

'Kick-Ass: Quebrando Tudo' é um filme supreendentemente bom e engraçado, realmente ultrapassa as barreiras da HQ, e acaba revelando que não é preciso ter super poderes e nem muito dinheiro para se fazer um bom filme de super-heróis. E que venha 'Kick-Ass 2'.