sexta-feira, novembro 12, 2010

Crítica do Filme 'Minhas Mães e Meu Pai' (The Kids Are All Right)

Relacionamentos familiares são bastante complicados. No cinema temos um histórico de mães e pais negligentes, cruéis, amáveis e os que arriscam sua vida para proteger sua prole. Em 'Minhas Mães e Meu Pai' fica olhar feminino e maduro sobre uma família moderna.

Os irmãos adolescentes Joni (Mia Wasikowska 'Alice' de Tim Burton e filha de Nic ) e Laser (Josh Hutcherson e filho de Jules ), filhos de um casal de lésbicas Nic e Jules (Moore e Bening), foram concebidos por inseminação artificial através de um doador anônimo. Quando Joni completa 18 anos, sem o conhecimento das "mães", vai atrás do direito de descobrir quem é seu pai biológico. É assim que Paul (Ruffalo), dono de um restaurante em Los Angeles, começa a se inserir na família.

O filme é bastante divertido. O homossexualismo é abordado de forma bem leve, no entanto não é o assunto principal do filme abrangê-lo, ainda que a diretora traga sua experiência pessoal para a obra. Quero deixar claro mais uma vez que esqueçam o título português do filme. Deveriam ter deixado o título original ou colocar um que chegasse perto do original. Afinal no filme as mães e o pai erraram, mais as criança ainda continuaram muito bem. Julianne Moore faz a feminina Jules. A mãe alegre, amorosa e meio desleixada. Moore é bastante carismática e talentosa e não acho que ela teve dificuldade para interpretar Jules. Annette Bening interpreta magistralmente a masculina Nic. A mãe responsável e rígida. A química entre ambas é clara e até arrisco uma indicação ao Oscar para Annette. Como o 'doador' temos a melhor atuação de Mark Ruffalo. O personagem dono de um restaurante lhe foi perfeito e, sua química com Julianne (com quem já trabalhou) e com Mia Wasikowska é excelente. A personagem da Mia, Joni, é a caricatura perfeita da Nic, no entanto ao contrário da Annette, Mia não é excepcional no filme, continua sendo a mesma 'Alice' adorável. O personagem do Josh, Laser, se parece bastante com a Jules. Josh também não faz milagres, mas consegue passar para o expectador que o seu personagem é inteligente apesar de indeciso. O trunfo principal do filme é quando todos estão juntos, porque passa a ideia real de que são realmente são uma família.

O filme é engraçado, leve e divertido. Não é o melhor filme de 2010 e também não chega a ser o 'novo' 'Pequena Miss Sunshine' como muitos disseram, mas é uma das maiores surpresas deste ano.

Trailer 

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